O Pantanal é uma das maiores planícies de sedimentação do mundo, estende-se por 250 km na direção leste-oeste e 450 quilômetros na norte-sul. O relevo é levemente ondulado, pontilhado por raros morros isolados e rico em depressões rasas. É cortado por grande quantidade de rios, todos pertencentes à Bacia do Rio Paraguai. Alem disso, tem seus limites brasileiros marcados por um planalto cristalino (com cotas que atingem 700 metros) e por variados sistemas de elevações, como chapadas, serras e maciços. A Serra de Maracaju e o Morro do Azeite são exemplos dessas elevações.
Serra de Maracaju
A bacia sedimentar do Pantanal representa um exemplo de bacia tectônica de sedimentação contínua com forma ovalada, tendo se individualizado no final do Mesozóico. A sedimentação é controlada por diversos fatores, como diferentes tipos de rochas da área fonte, estrutura do solo, clima, relevo, vegetação e correntes superficiais.
As terras altas do entorno são formadas por rochas solúveis e friáveis, que vem sendo continuamente erodidas pela ação das águas e dos ventos; sendo assim, elas fornecem grande quantidade de sedimentos que são depositados na planície, num processo contínuo. A camada de sedimentos pode chegar a 500 metros de profundidade. As terras altas constituem área fonte de água e sedimentos para o Pantanal com cotas inferiores a 200 metros.¹
Do ponto de vista geológico, o Pantanal é uma paisagem recente, que está relacionada com os processos de soerguimento da Cordilheira dos Andes que propiciaram a individualização da bacia sedimentar do Pantanal. A região foi afetada por processos relacionados à movimentação de compensação, que tiveram repercussão em abatimentos de áreas adjacentes em consequência ao soerguimento andino.²